Ophis Lux Ferre Nachash

Os homens vivem observando as estrelas e buscando conhecer o que está além da abóboda celeste, todavia mal sabem eles que não precisam ir tão longe afim de descobrir se há outras civilizações além da terrestre. Tanto descobriu-se sobre as estrelas, planetas e cosmos, mas muito pouco sobre a própria Terra. O que há abaixo de nós é um mistério para a maior parte da humanidade, mas não para eles... O povo serpentino, onde habitam os homo reptilianos, híbridos de humanos com serpentes. É um povo nômade do Vale dos guerreiros de ferro que relacionaram-se com seres intra-terrestres, ou seja, que vivem dentro do planeta. Uma outra civilização bem abaixo de nós. Lá há um mundo desconhecido, mas muito rico, afinal, é o reino do ouro, diamante e diversas outras jóias preciosas e raras, há minérios tão raros que sequer foram descobertos ainda pelo homem comum. Ao entrarem em contato com esses seres chamados reptilianos, formaram uma sociedade conhecida como serpentinos, seus descendentes são conhecidos como homo reptilianos. Os reptilianos os deram riquezas e lhes geraram filhos, em troca não se sabe qual exatamente foi a contribuição daquele povo. Tudo que se tem atualmente é que eles voltaram para as profundezas, e enquanto isso, os serpentinos vivem na superfície.  

Dentre eles há um rapaz de 21 anos cujo nome é Ophis. Como qualquer um de sua espécie, seus olhos mudam quando se encontra com instinto assassino. Nada incomum dado que cobras são predadoras natas. Entretanto, ele é conhecido como um reptiliano rebelde por cometer o ato considerado como mais imoral dentro de seu povo: Relações sexuais com seres humanos. Enquanto os reptilianos originais não tinham problemas em relacionar-se com humanas, os homo reptilianos encontram uma difícil barreira neste caso. Eles não conseguem gerar filhos com seres de outra espécie. E como trata-se de um povo pequeno, a maternidade é considerada sagrada, portanto relações com não-reptilianos é um tabu nesta sociedade. E a pena para tal infração é a expulsão.  

Já não bastava praticar relações com humanos, ainda por cima eram relações homossexuais, ele foi rapidamente retirado dentre seus demais e jogado a própria sorte. Foi se virando sozinho que aos poucos foi se fortalecendo, a cada perigo que enfrentava, ele se tornava mais forte. Então o mesmo percebeu: Sua maldição virou sua maior força. Víboras quando nascem são largadas pelos pais a própria sorte e então se desenvolvem sozinhas, transformando-se em seres ágeis, assassinos e caçadores natos. Os que não se adaptam a isto, morrem cedo. Seu povo, na verdade, era fraco. Justamente por conta dessa mania de formarem famílias. Eles não conheciam seus verdadeiros potenciais. Seja reptiliano ou humano, alguém só consegue ficar forte quando enfrenta as dificuldades sozinho, foi isso que Ophis aprendeu com a vida.

Enfrentando perigos foi que o mesmo descobriu uma habilidade. Não parece algo natural de sua raça, pois não se lembra, em nenhum momento, de ter visto mais alguém usa-la. Portanto, ele não possui certeza se apenas ele ou outros de seu tipo biológico também tem este dom. Quando se encontra com instinto assassino, seu olhar muda, isto é normal, porém, em alguns momentos é possível paralisar suas vítimas desta forma. Foi manifestando tal talento que escapou da morte diversas vezes, e então, matou quem o ameaçava. Aos poucos sua piedade foi diminuindo até tornar-se indiferente com relação a quantas vítimas fazia. Isso não o tornava um psicopata, pois não atacava pessoas inocentes de modo gratuito. Ataca apenas para se defender ou quando lhe desperta a sede de sangue contra outros que considere maus. Sejam estes covardes, homicidas, estupradores ou algum outro tipo de escória da sociedade.

Ele não é nenhum vilão que busca acabar com a humanidade, pelo contrário, ama os prazeres que ela lhe oferece. Só que também não é um herói. Não serve e nem se interessa por qualquer Deus. É um homem egoísta e de um bom humor ácido e provocativo. Detesta ver injustiças, mas não se considera bom.
- Eu não sou um herói. O que eu faço não é bom, mas é algo que alguém precisa fazer.