Ophis - Serpentes Assassinas.

Uma regra geral é que corpos distintos não ocupem o mesmo espaço. Só não esperava verificar essa regra de modo tão... Inesperado. Um humano aleatório foge que nem rato e choca seu corpo ao meu, naquele momento, tudo que pude dizer é - Olha por onde anda seu filha da...

- Fuja, rápido! - Faço cara de paisagem - Os serpentinos... Eles...  Eles destruíram tudo!

Esse maluco é doente? Os serpentinos? Meu povo? Por que diabos iam ficar brincando de invadir locais aleatórios e perseguir meros humanos? Será que é meu povo ou um bando de arruaceiros que estão se dizendo serpentinos e espalhando o terror? Ai, pelo amor do big bang, cérebro querido, pare de fazer perguntas! - Saia logo da minha frente!

- Espere aí, rato imundo. - Buscaria agarra-lo pela gola da camisa - Tu é burro? Fugir em linha reta? Vai apenas se cansar, ficar lerdo e dar tempo suficiente de alcançarem você. - Não é atoa que seres humanos são presas tão fáceis. Não que eu queira ajuda-lo... Ou talvez eu queira, não sei. Todavia almejaria convence-lo a se esconder comigo, ao invés de correr sem sentido, deste jeito eu poderia observar seus seguidores de um ângulo seguro e, principalmente, verificar se são realmente serpentinos como dizem ser. E se forem farsantes? Imundos buscando manchar o nome de meu povo? Mas e se for meu povo? Que objetivo teriam? O que esses humanos fizeram pra gerar tal raiva? Hormônios ligados a ansiedade bombardeiam meu cérebro e o enchem de novas perguntas que eu já o supliquei que parasse.
- Para com isso, arrombado - Meu nervosismo acaba me fazendo falar com o próprio cérebro sozinho. Acredito que o NPC homem esteja me olhando confuso nesse momento e perguntando-se o que estava fazendo.